O lançamento do “Manaus Pró-Cultura” aconteceu no Museu da Cidade, localizado na praça Dom Pedro 2°, Centro, e foi idealizado pela Prefeitura de Manaus para beneficiar diferentes segmentos como as artes visuais, audiovisual, cultura étnica, cultura popular, dança, literatura, música, teatro e circo.
O diretor-presidente da Manauscult, Alonso Oliveira, destaca que o programa atende determinações do prefeito David Almeida, que são democratizar o acesso à cultura, fomentar projetos culturais, profissionalizar e movimentar as cadeias produtivas do setor cultural da cidade.
“Nós estamos seguindo orientação do prefeito, além de otimizar a aplicação dos recursos, fazendo mais com menos. Para essas oficinas de formação artística, por exemplo, estamos destinando um fomento de aproximadamente R$ 100 mil, em que mais de 400 artistas terão oportunidade de qualificação em diversos segmentos, como iniciação a vídeo mapping, crítica cinematográfica para mulheres, introdução à dramaturgia, elaboração de projetos culturais e outros”, concluiu Oliveira.
O presidente do Concultura, Tenório Telles, lembra que o programa surgiu da experiência em 2021, quando foi oportunizada, pela Prefeitura de Manaus, 278 vagas em 11 cursos voltados a artistas e produtores, sendo a procura muito além das expectativas.
“Uma das preocupações que tivemos de imediato foi de criar projetos e programas que chegassem, principalmente, à periferia. Por isso, criamos, no ano passado, a primeira ação que foi o Manaus Faz Cultura, todo voltado para a formação. Transformamos recursos em projetos na periferia e o resultado disso foi uma das ações mais comoventes da Prefeitura de Manaus, com projetos que chegaram em todas as zonas e até na área indígena”, observou.
Ele ressalta o desafio lançado pelo prefeito David Almeida de descentralizar e levar a arte e oportunidade de emprego e renda aos artistas da periferia, a partir de projetos de formação e empreendedorismo cultural, que foram formatados e realizados com grande repercussão e adesão pelos trabalhadores da cultura.
O conselheiro de Cultura Étnica, Ludimar Nunes Kokama, fala da importância desse programa ter nascido de uma solicitação dos conselheiros do Concultura, que por sua vez surgiu nas comunidades.
"Assim, podemos garantir que essas ações cheguem nas bases realmente. A gente sempre bate nessa tecla da qualificação e na organização desses segmentos: do teatro, da música, e da questão indígena, visando uma melhor qualificação e uma organização para que possamos colher um fruto melhor futuramente".
A execução do projeto fica a cargo da organização da sociedade civil, Impact Hub, com a missão de ampliar os cursos e oficinas, conforme explica a cofundadora da instituição, Juliana Teles.
"O Concultura começou a realização desse projeto no ano passado e nos chamou para levar a mais pessoas, fomentar a cultura, principalmente por meio do conhecimento, e acesso a ferramentas que ajudem os artistas, os profissionais das áreas artísticas como um todo e cada vez ser um profissional melhor, que possa seguir atuando, gerar mais renda e autodesenvolvimento também".
O professor de música Heron Souza, morador da comunidade indígena Parque das Nações, destaca a importância do treinamento e vai participar dos cursos com o objetivo de se qualificar e atualizar o conhecimento.
"A importância é gigantesca, porque mesmo a experiência com a formação que o artista já tem, o mundo continua se renovando. Cada dia surgem técnicas novas, inclusive dentro da arte, terminologias, ajustes de formatação, de concepção. A educação é algo que se renova a cada dia. Então, ter uma oficina com certeza é muito importante para reciclar, para se aprimorar cada vez mais".
*Inscrições*
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Para a oficina de Crítica Cinematográfica para Mulheres, as aulas vão ser realizadas de 24 a 26/8. Já a oficina de Iniciação a Vídeo Mapping, será de 29 a 31/8, das 18h às 21h, no Casarão da Inovação Cassina.
*Fotos* – Antonio Pereira / Semcom
Fonte: Cristóvão Nonato / Concultura e Emanuelle Baires / Manauscult.