Lei de Roberto Cidade chama atenção para gravidade de acidentes com crianças e adolescentes

“Tenho três filhos pequenos e sei que é preciso ter muita atenção, manter os cuidados redobrados para impedir que acidentes causem problemas sérios. Nossa intenção com essa Lei é fazer com que mais pessoas olhem para a gravidade desse tema que, todos os anos, afeta tantos brasileirinhos. Manter a vigilância é fundamental”, falou.

Conforme a Lei, as secretarias estaduais de Saúde e Educação, além do Conselho Tutelar devem ser envolvidas na programação alusiva ao tema com o intuito de alertar sobre as principais causas de acidentes com crianças e adolescentes. A divulgação deve ter como tema específico a "Prevenção de Acidentes com Crianças e Adolescentes.

Conforme o Datasus/ONG Criança Segura, 3.165 meninos e meninas morreram, em 2019, e outras 105 mil crianças foram hospitalizadas, em 2020, por causas acidentais. Em comparação aos anos anteriores, houve redução de 4,6% nos óbitos e 7% nas internações.

Entre janeiro e dezembro de 2020, 105.060 crianças de até 14 anos foram hospitalizadas em decorrência de acidentes, sendo que as maiores vítimas foram meninos e meninas de 5 a 9 anos (35,6%), seguida dos de 10 a 14 anos (32,8%), 1 a 4 anos (26,6%) e menor de 1 ano (5%).

 

 

Principais causas

 

Entre as principais causas de internação estão a queda (44%), queimadura (19%) e trânsito (10%) – todas apresentaram diminuição quando comparadas a 2019. No entanto, casos de intoxicação, afogamento e sufocação cresceram 8%, 7% e 6%, respectivamente.

Em 2019, 3.165 crianças de até 14 anos de idade perderam a vida devido aos acidentes. O trânsito continua sendo a principal causa acidental de morte, representando 29% do total, seguido por afogamento (26%) e sufocação (25%). Comparando com 2018, o número de óbitos por acidentes recuou 4,6%, sendo que as maiores reduções registradas foram nos casos de intoxicação (-32,2%), armas de fogo (-15,8%), queimadura (-10,5%) e trânsito (-9,2%). 

Os dois tipos de acidentes que aumentaram no período foram queda (+1,9%), depois de uma redução de 15,5% entre 2017 e 2018, e sufocação (+1,3%), pelo segundo ano consecutivo (+1,8% em 2018). Em relação à faixa etária, o período da Primeira Infância (do 0 aos 4 anos) concentra a maior taxa de mortalidade por acidentes (54%).


Foto: Divulgação

Fonte: Assessoria de Imprensa