Escritores do Amazonas falam sobre a importância dos livros em suas vidas

Os livros são de suma importância para o desenvolvimento de um indivíduo. Neste sábado (29), comemora-se o Dia Nacional do Livro. A data foi escolhida para homenagear o aniversário de fundação da " Biblioteca Nacional do Brasil". Por isso, o site Porto de Lenha conversou com escritores do Amazonas para saber a importância dos livros em suas carreiras.

"Todo ser humano é um pouco dos livros que leu", disse o escritor Tenório Telles, que faz parte da Academia Amazonense de Letras, além de atuar como professor e crítico literário. Ele afirmou que os livros ocupam um lugar fundamental no seu processo de autoconstrução. A literatura o ajudou no forjamento de percepção do mundo. 


Escritor Tenório Teles. Foto: Divulgação

Na estante do autor, você pode encontrar livros como A Divina Comédia", de Dante; "Odisseia", de Homero; o livro bíblico de "Eclesiastes"; "O jardim das cerejeiras", Tchekhov; "Otelo", Shakespeare; "Quincas Borba", Machado de Assis; "Odes", Ricardo Reis; "Sentimento do mundo", Carlos Drummond de Andrade; "Grande sertão: veredas", Guimarães Rosa; "Olhai os lírios do campo", Érico Veríssimo

"Esses livros foram faróis na minha vida. Eles me alegraram e encantaram a minha jornada. Os livros nos ajudam a ser e compreender", garantiu o poeta.

Cultura

O escritor Robério Braga é um apaixonado por cultura. Ele já assumiu a Secretaria de Cultura do Amazonas e presidiu a Academia Amazonense de Letras. Dedicou sua carreira para fortalecer o cenário cultural da região Norte, principalmente, se tratando da história de Manaus. E a paixão pelos livros foi um incentivo de família. 

"Eu venho de uma família de professores. Para os meus pais, a educação era uma lei. Então, eu cresci em meio aos livros. Teve uma época em que eu estudei teatro e tive que proclamar os textos de Castro Alves e Casimiro de Abreu. A partir dos meus 11 anos, eu comecei a colecionar livros visando uma biblioteca própria", contou Braga. 


Robério Braga. Foto: Divulgação

A biblioteca particular de Braga deu certo. Atualmente, ele conta com mais de 30 mil obras, entre livros, fotos e documentos importantes que contam a história do Estados. "A convivência com os livros é fundamental. As pessoas conseguem viajar sem sair do lugar, além de se emocionar com as histórias", contou. 

O livro que marcou a vida de Braga foi 'O Pequeno Príncipe', de Saint-Exupéry. Vez ou outra, a obra reaparece para Braga e a leitura traz uma nova perspectiva sobre a história. Já o atual livro de cabeceira dele é 'O Evangelho Segundo o Espiritismo', de Allan Kardec, que traz ensinamentos valiosos para o dia a dia. 

Autor independente 

Aos 23 anos, o amazonense Adriano de Souza decidiu se aventurar no universo da literatura. Por incrível que pareça, não foi um livro que o levou para a escrita. "Eu era de exatas, estudava matemática, até que um dia assisti um filme que contava a história de um pai acometido por uma doença. Ele começou a escrever cartas para a filha e isso chamou a minha atenção para a literatura", disse. 

Porém, foram os textos de Fernando Pessoa que fizeram Adriano a ter certeza do seu futuro na literatura. "A partir deste momento, passei a pesquisar mais e conhecer referências para criar minhas próprias poesias, a partir dos meus sentimentos", afirmou. 

Atualmente, Adriano possui duas publicações: "50 Poemas" e "E se eu falasse tudo que sinto". As obras foram produzidas de forma independente, tanto a versão virtual, quanto a física. Antes disso, o autor publicava em sites de literatura amadora, como por exemplo, o Wattpad. 

Foto: Divulgação

Fonte: escrito por Carlos Ramos do Porto de Lenha