Mortes por AVC superam óbitos por infarto no Brasil


Deixando sequelas e levando à morte mais de 57.250 pessoas só no primeiro semestre deste ano no país, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), voltou a ser a principal causa de óbitos, conforme apontam dados divulgados no Portal da Transparência de Registro Civil. Já o infarto ultrapassa a marca de 52.000 vítimas. Conhecido como derrame, ocorre quando veias ou artérias que levam sangue para o cérebro entopem ou se rompem, interrompendo a circulação sanguínea e provocando a paralisia da área cerebral.


Lembrado mundialmente no dia 29 de outubro, a data tem por finalidade alertar a população sobre as formas de prevenção da doença que se tornou a primeira causa de incapacidade no mundo, com efeitos sociais e danos econômicos severos.


Dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, paralisia, perda súbita da fala e perda da visão, são os principais sinais que o corpo apresenta quando a doença se manifesta. Conforme o médico cardiologista Grupo Hapvida NotreDame Intermédica, Railton Cordeiro, afirma que, outros sintomas podem ainda indicar outro tipo de AVC, o ‘Hemorrágico Intracerebral’. Sintomas como náuseas, vômito, confusão mental e, até mesmo, perda de consciência.


“A data é um importante lembrete para que a população entenda a importância de realizar check up de rotina para saber como está a saúde do coração. De qualquer forma, no caso de um AVC a recomendação é imediatamente procurar um hospital preparado para o atendimento”, alertou o Dr. Railton.


Entre os principais fatores de risco, pessoas hipertensas, diabéticas, e fumantes estão mais propensas a passar por um AVC, além disso o estresse intenso pode ser gatilho para desencadear o também infarto. Fatores naturais podem desenvolver um Acidente Vascular Cerebral, como o envelhecimento, pessoas com mais de 55 anos, questões genéticas ou o histórico familiar de doenças do coração.


A publicação ainda afirma que 60% dos pacientes que passam por um AVC ficam com sequelas, 7 em cada 10 não retornam ao trabalho e 50% deles ficam dependentes. É recomendável que parte do tratamento se dê com o acompanhamento de uma equipe multiprofissional formada por neurologistas, enfermeiros, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.


Atualmente existem dois tratamentos para o AVC, um com medicamento trombolítico administrado na veia do paciente, o outro deve ser feito após as primeiras horas em que os sintomas se manifestarem com um diagnóstico feito, por meio de uma tomografia.


Algumas recomendações e simples mudanças de hábitos no dia a dia ajudam na prevenção da doença. A prática regular da atividade física, o controle da pressão arterial e da diabetes e uma alimentação balanceada são alguns exemplos que contribuem na preservação da saúde como um todo.


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Fonte: Redação