Guilherme de Pádua foi a culto antes de morrer, afirma pastor Márcio Valadão

O pastor Márcio Valadão, líder da Igreja Batista Lagoinha, em Minas Gerais, afirmou que, antes de morrer, Guilherme de Pádua, assassino da atriz Daniella Perez, foi ao culto na manhã desse domingo (6/11). O ex-ator sentou-se ao lado da esposa, Juliana Lacerda, na primeira fileira.


Ele faleceu no mesmo dia, à noite, após um infarto fulminante. O enterro ocorrerá nesta segunda-feira (7/11), no cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte, Minas Gerais.



“Agora, agora, agora, pouquinho antes das 22h, há poucos minutinhos, recebi o telefonema de uma irmã, falando de um dos nossos pastores que acabou de falecer. […] Hoje, às 10h da manhã, eu estava dirigindo o culto e ele estava ali no primeiro banco, ele e a esposa”, disse o pastor no trecho.


Nota de pesar


A Igreja Batista Lagoinha ainda divulgou nota lamentando a morte de Guilherme de Pádua, que também era pastor na comunidade. Ele liderava um grupo que cuidava de pessoas presas em Minas Gerais. O próprio líder ficou encarcerado 6 anos e 9 meses pelo assassinato de Daniella.


Em nota, a igreja confirmou a morte e pontuou que, apesar de ter sido consagrado pastor, ele sempre viveu longe “dos grandes púlpitos”. Pádua completou 53 anos em 2 de novembro. Veja a íntegra do comunicado:


“É com imenso pesar a morte do pastor Guilherme de Pádua após sofrer um infarto na residência em que morava em Belo Horizonte. Com 53 anos recém-completados no último dia 2 de novembro, Guilherme compunha o time pastoral da Lagoinha desde sua ordenação, em 2017, liderando o ministério Recomeço, que atua dentro e fora dos presídios da capital mineira e região metropolitana.


Antes disso, já havia sido acolhido como ovelha e servia como voluntário nas mais diversas áreas, sempre lidando com os desprezados e marginalizados. Milhares de pessoas privadas de liberdade foram, ao longo desses anos, cuidadas, ministradas no conhecimento da Bíblia e receberam apoio social, jurídico e psicológico do ministério, que também desenvolve dezenas de projetos de profissionalização e reintegração social.


Ele não era visto pregando para multidões, mas atuava diariamente nas mais diversas obras com aqueles que a sociedade, muitas vezes, prefere jogar para escanteio. Guilherme testemunhou a possível transformação que há em Jesus. O recomeço reservado para todos aqueles que nEle creem.


A Igreja Batista da Lagoinha, desde o momento da conversão de Guilherme, abriu suas portas para ser, também, a sua casa. Guilherme pagou à Justiça o que ela lhe impôs, como cremos que deve acontecer, e nós, como Corpo de Cristo, nos posicionamos para sermos para ele e tantos outros já condenados por crimes diversos, aquilo que a Bíblia nos instrui: o lugar da nova chance que apenas Jesus pode dar ao que se arrepende.


Guilherme demonstrou ser alguém empenhado em mudar e em viver de acordo com a nova vida que experimentamos em Cristo Jesus. Ele jamais deixou de ser lembrado pelo crime que cometeu, mas pôde, em seus últimos anos, caminhar de acordo com a vontade do Pai sobre a sua história: ‘Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!’ (2 Coríntios‬ ‭5‬:‭17‬).”


Foto: Reprodução

Fonte: Com informações do Metrópoles