Índices de extrema pobreza no Brasil deve encerrar 2022 em queda


O Brasil deve fechar 2022 com redução nos índices de extrema pobreza. De acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a projeção é de queda para 4,1% ainda este ano. Em 2019, o Brasil tinha uma taxa de extrema pobreza de 5,1%. 


No mundo, a tendência é contrária. As previsões do Banco Mundial apontam que, até o final do ano, 115 milhões de pessoas a mais estarão vivendo com menos de US$ 1,90 ao dia, em decorrência da pandemia de covid-19.


De acordo com a economista Denise Kassama, com o surgimento da pandemia o setor de serviço foi muito atingido, como a hotelaria que fechou 100% durante este período. Agora é um procedimento que está sendo recomposto, na medida em que se  recompõe e volta a gerar emprego e consequentemente renda.


Outro fator importante é que o Brasil também foi o país da América Latina que mais reduziu a extrema pobreza de 2016 a 2020. Caiu 2,8 pontos percentuais, de 4,7% para 1,9%. De acordo com a economista, a  2ª maior queda foi da Bolívia, de 5,6% para 3,1%. Dentre os países selecionados, os mais relevantes economicamente, a maior taxa de extrema pobreza é da Colômbia, com 10,8%. Peru (5,8%) e Bolívia (3,1%) completam o pódio. O percentual do Brasil é maior que o da Argentina (1,1%), do Paraguai (0,8%) e do Chile (0,7%), analisa. 



Foto: Divulgação


Para cada mil famílias incluídas no programa Auxílio Brasil foram gerados 365 novos empregos, sendo que 33% dos empregos formais foram criados em municípios com menos de 100 mil habitantes. Ao se considerar os municípios com taxa de informalidade da mão de obra superior a 40%, verifica-se que 21% dos novos empregos foram criados nessas localidades. Os dados foram divulgados pelo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Erik Figueiredo, autor de um estudo sobre o tema, em entrevista coletiva com o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, no Palácio do Planalto.


Ainda de acordo com Kassama, é preciso destacar o Auxilio Brasil, que trouxe incremento de renda principalmente na extrema pobreza impactando positivamente nesses indicadores. As politicas sociais são de extrema importância para combater a pobreza, pois ambas começam a surtir efeitos e com isso a economia volta a se restabelecer e retomar o crescimento.


Segundo ela, no segundo semestre houve um incremento no indicie de emprego em função do Natal, pois o Polo Industrial contrata para a produção e os comércios para as vendas natalinas.


O nível de desemprego no Brasil, de fato, tem reduzido no terceiro trimestre, encerrando o mês de agosto com 8.9% de desemprego contra ponto a 13.1% comparado com o ano de 2021. Isso acontece pelo processo de recuperação econômica pós pandemia, pois, as empresas voltaram a funcionar com plena capacidade, e os negócios estão estabelecidos, concluiu Denise Kassama


Retomada do emprego


De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no final do primeiro semestre deste ano, o Brasil registrou 98,3 milhões de pessoas com algum tipo de ocupação no mercado de trabalho.


De acordo com dados divulgados, a taxa de desocupação do país no segundo trimestre de 2022 foi de 9,3%, caindo 4,9 pontos percentuais na comparação com o mesmo período de 2021 (14,2%).


Foto: Jo Round/Reprodução/Unsplash

Fonte: Ane Gama