Jornalista é preso no Qatar por vestir camisa LGBT

Desde que foi anunciado como país sede da Copa do Mundo de 2022, o Qatar passou a ter seus costumes e cultura esmiuçados para que o mundo entendesse como é a vida por lá. Um dos temas que chama a atenção desde então é a intensa repressão contra pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgênero (LGBTQIA+).


A má fama é tanta que torcedores chegaram a negar convites para assistir aos jogos, com medo do que lhes poderia acontecer por serem desses grupos.


O Código Penal do Qatar fala sobre a homossexualidade como uma prática criminosa, passível de uma pena de oito anos de prisão ou até mesmo de morte sob a “sharia”, que funciona junto com a legislação.


O jornalista norte-americano Grant Wahl relatou, em seu perfil nas redes sociais, que foi preso na entrada do Estádio Ahmed bin Ali, onde acontecerá a partida entre Estados Unidos e País de Gales pela Copa . O motivo foi a camisa com a estampa de um arco-íris que ele utilizava.


“Agora mesmo: Segurança recusando me deixar entrar no estádio para Estados Unidos x País de Gales. ‘Você tem que mudar de camisa. Não é permitido”, – escreveu Wahl.


Mais tarde, o jornalista contou que conseguiu entrar no estádio, mas antes foi detido por cerca de meia hora.


“Estou bem, mas foi uma provocação desnecessária. Estou na área de imprensa, ainda vestindo a minha camisa. Fui detido por quase meia hora. Vamos, gays”, – publicou o americano.


Estados Unidos e País de Gales se enfrentam nesta segunda-feira, às 16h, pelo Grupo B da Copa do Mundo. Pelo mesmo grupo, a Inglaterra goleou o Irã por 6 a 2 mais cedo.


Foto: Reprodução/ Twitter

Fonte: Com informações do R7