Liberação de R$ 4,1 bilhões esquecidos em bancos deve ficar para 2023

 A segunda fase do programa do Banco Central (BC) para sacar dinheiro esquecido em instituições financeiras ainda não tem previsão para começar. A consulta ao Sistema de Valores a Receber (SVR) estava prevista para ser retomada em 2 de maio, mas foi suspensa inicialmente por causa da greve dos servidores da instituição, que terminou em julho.


O BC afirma que as equipes técnicas da instituição estão promovendo melhorias no sistema. “O cronograma, a estimativa de valores e as demais informações sobre a nova etapa do SVR serão divulgados oportunamente, com a devida antecedência”, afirmou a autoridade monetária em nota.


A segunda etapa do programa tinha previsão de liberar R$ 4,1 bilhões a pessoas físicas e jurídicas de todo o país. Ao todo, a estimava era disponibilizar R$ 8 bilhões na economia por meio do SVR.


Na primeira fase, encerrada em abril, foram disponibilizados R$ 3,9 bilhões, mas apenas 8% (R$ 321 milhões) foram solicitados pela plataforma do BC, sendo R$ 306 milhões por pessoas físicas e R$ 15 milhões por empresas. No total, foram 3,6 milhões de pessoas físicas e 19 mil de pessoas jurídicas.


Devolução

O dinheiro a ser devolvido vem de contas correntes ou de poupança encerradas e não sacadas; cobranças indevidas de tarifas ou de obrigações de crédito previstas em termo de compromisso assinado com o BC; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de associados de cooperativas de crédito e grupos de consórcio extintos.


Na segunda fase, deverão ser incluídas novas fontes de valores a receber: cobranças indevidas de tarifas ou obrigações de crédito não previstas em termo de compromisso; contas de pagamento pré-pagas e pós-pagas encerradas e com saldo disponível e contas encerradas em corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários.


Na nova etapa, para acessar o SVR, saber qual o valor disponível e solicitar sua transferência, o usuário vai precisar da conta gov.br nível prata ou ouro. Para criar uma conta gov.br ou redefinir a senha, é preciso acessar a página gov.br.


Na nova fase também serão tratadas as situações que envolvem questões legais, operacionais e tecnológicas mais específicas, como falecidos ou pessoas com dificuldade de obter conta gov.br nível prata ou ouro.


Segundo o BC, nessa nova fase do SVR não será necessário fazer agendamento para consulta e solicitação do resgate de recursos referentes a contas bancárias encerradas com saldo disponível ou em razão de tarifas cobradas indevidamente, por exemplo.


O que são os valores esquecidos?

O SVR (Sistema de Valores a Receber) mostra se você tem algum dinheiro a receber em bancos e em outras instituições. Na primeira fase do SVR, foi possível consultar valores de:


• Contas-correntes ou de poupança encerradas, com saldo disponível.


• Tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o BC.


• Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito.


• Recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.


O que o sistema não mostra

• Ajustes de planos econômicos;


• Acordos ou sob disputa judicial;


• Instituições financeiras ou administradoras de consórcios liquidadas ou encerradas;

valores de abono salarial (PIS ou Pasep);


• Saldo em conta de FGTS;


• Contas abertas que estão sem movimentação;


• Contas sem identificação completa e que não foram recadastradas até dez/1994.


Saiba mais em https://valoresareceber.bcb.gov.br.


Foto: Marcelo Casal Jr / Agência Brasil

Fonte: Com informações do R7