A jovem manauara Beatriz Sousa de Oliveira, de 19 anos, detectou 15 asteroides ao participar do projeto Caça Asteroides MCTI, atividade de Ciência Cidadã do IASC/NASA (International Astronomical Search Collaboration) e de promoção das ciências, em parcerias com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). As atividades mensais foram realizadas entre agosto e setembro, em que a jovem desempenhou uma ação protagonista, para incentivar outras jovens do Brasil a se envolverem com as tecnologias e desmistificarem as ciências.
Foram disponibilizados mais de 17.500 pacotes de imagens captadas pelos telescópios do Pan-STARRS, gerenciado pela Universidade do Havaí. Utilizando o software Astrometrica, foi possível a identificação dos padrões de possíveis asteroides, pertencentes a região entre Marte e Júpiter, ou em órbita próxima à Terra (NEOs), contribuindo com a detecção de novos, ou melhorando na precisão das órbitas dos já conhecidos.
A jovem relata que durante a caçada aos corpos celestes, os participantes recebem orientações e treinos de uma equipe especializada do MCTI/IASC/UFPE. “São fornecidos vários pacotes de fotos tiradas em dias diferentes, analisando as imagens e registrando os movimentos dos possíveis asteroides, submetemos relatórios ao IASC e periodicamente recebíamos confirmações de quais das nossas detecções foram confirmadas e encaminhadas para outras instituições astronômicas para dar continuidade aos estudos, como o MCP (Centro de Planetas Menores) e o IAU (União Astronômica Internacional)”, disse.
Até a etapa de escolher os nomes para os asteroides inéditos, assim como as pesquisas científicas, poderá levar anos. O processo tem várias etapas, os asteroides são analisados em outras imagens de outros grupos de pesquisa astronômicas, como pelo Observatório Nacional, e seu Projeto OASIS no sertão pernambucano, na cidade de Itacuruba, onde está instalado um telescópio remoto. Os estágios de classificação dos asteroides são: preliminares, provisórios e numerados, quando finalmente será possível nomeá-los. "Foi a primeira vez que participei do projeto Caça Asteroides. Não tinha ninguém pra caçar comigo e como precisa de equipe, coloquei o nome da minha família toda e depois incentivei minha irmãzinha caçula a caçar comigo. Eu também nunca tinha ido para um evento desse porte. Foi uma experiência única. Na premiação tinham pessoas de todo o Brasil, estandes de ciência e tecnologia e palcos, inclusive, dei um depoimento no palco principal. Com isso pude fazer amizades, adquirir mais conhecimento e ainda superar o medo de falar em público", ressaltou.
Medalha e Certificado de Honra ao Mérito
Ao fim da edição de setembro deste ano, Beatriz recebeu certificados de reconhecimento assinados pelo MCTI/IASC/NASA e foi convidada pelo MCTI a participar da 19° Edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que aconteceu em Brasília, onde recebeu uma medalha e certificado de honra ao mérito.
"Eu estava esperando iniciar as aulas, que só começam em 2023 - e nesse tempo 'sem fazer nada' conheci o projeto ‘Caça Asteroides’ no Instagram e isso mudou minha vida. Detectei 15 asteroides no total, e fui premiada em Brasília. Temos muitos jovens que poderiam florescer a ciência no Brasil e só não o fazem por falta de oportunidades", ressaltou.
Beatriz tem a meta de divulgar a ciência para mais pessoas. "Aqui em Manaus não vejo ninguém falando sobre o projeto, então muita gente, sobretudo daqui, não conhece e não participa.
A ciência mudou minha vida, e pode mudar o mundo, só precisamos divulgar as oportunidades", disse a manauara.
Carreira
Beatriz Sousa é natural de Manaus (AM), conseguiu bolsa no 2° ano do ensino médio em uma escola particular. Passou no programa Olimpíadas do Conhecimento, onde ganhou bronze na ONC (Olimpíada Nacional de Ciências) e menção honrosa na OBMEP.
Em 2022, passou para engenharia aeroespacial na UFSM e para engenharia química na UEA, passou para medicina na UFAM, e aguarda o início das aulas em 2023.
"Como deu pra perceber não tenho uma história direta com a ciência, de como comecei a me interessar pela área. Na verdade gosto de aprender de tudo, história, idiomas, biologia, física e sempre foi assim. Mas eu comecei a ter essa paixão louca pela química. No primeiro ano, eu era de escola pública, e não sabia nada de química, e tive que estudar parar o vestibular. Eu achava muito difícil e meti na minha cabeça que eu tinha que estudar até achar fácil. Só que isso me levou (não sei como) a AMAR química. E por muito tempo foi minha matéria preferida na escola. E isso me incentivou a aprender mais física e matemática, para entender melhor o mundo, enfim, foi tudo se interligando", afirmou.
A estudante possui um canal no YouTube, chamado "Cálculo com Bibia - por Beatriz Souza". Instagram: @biaandradesouza
Programa
O Caça Asteroides MCTI é um programa em parceria entre o MCTI e o IASC/NASA, com objetivo de popularizar a ciência entre cidadãos voluntários. Esses novos cientistas cidadãos serão capazes de fazer descobertas astronômicas originais e participar da astronomia prática. Este programa é de abrangência nacional e internacional. Conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência vinculada ao MCTI, Instituto Brasileiro de Informações em Ciência e Tecnologia (IBICT), unidade de pesquisa vinculada ao MCTI e a Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (SEDUC).
O diretor do IASC e fundador do programa, Patrick Miller, que veio ao Brasil para participar da SNCT, destacou o início do Caça Asteroides e comemorou o crescimento da iniciativa. “É uma honra estar aqui hoje. O programa começou no meu escritório no Texas, no verão de 2016. Desde aquele momento o programa cresceu e hoje está em 18 países. O Brasil nesse ano teve vários times participando e nos próximos teremos mais e mais estudantes”.
Coordenadora do Caça Asteroides, Agna Baldissarelli, apontou como o programa tem ajudado crianças a realizar sonhos. “Através do projeto a gente vê crianças realizando sonhos. Elas podem se tornar astronautas, físicos. Além do mais, esse programa expandiu de forma nacional e internacional. Nós atingimos todos os estados e assim foram detectados mais de 1.400 asteroides. Internacionalmente fomos para Estados Unidos, Canadá, Itália.
Fotos: Arquivo Pessoal / Beatriz Sousa
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