O tradicional “Festival Afro-Amazônico de Yemanjá”, com o apoio da Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), ocorrerá no formato presencial entre os dias 29 de dezembro e 1° de janeiro de 2023, na praia da Ponta Negra, zona Oeste da capital.
A proposta do festival foi apresentada na tarde desta quarta-feira, (7), ao diretor-presidente da Manauscult, Alonso Oliveira, que destacou as celebrações afro-brasileiras como parte da programação cultural da Prefeitura de Manaus que, dentro da proporcionalidade, busca ofertar espaço a todas as manifestações artístico-culturais.
“Nossa gestão é transparente e aqui na Manauscult a nossa missão é identificar, preservar e valorizar os bens culturais, além de fomentar as diversas etapas da cadeia produtiva da cultura, sempre zelando pela democratização e buscando popularizar o acesso à cultura. Quanto ao festival, apoiaremos no que for possível”, ressaltou Alonso Oliveira.
De acordo com o projeto apresentado, paralelo ao festival, também está planejado o Réveillon da Diversidade, o “Virada do Vale”, voltado principalmente ao público LGBTQIA+. O evento cultural é uma realização da Associação de Desenvolvimento Sócio Cultural Toy Badé (ATB), organizado pela Articulação Amazônica dos Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiro de Matriz Africana (Aratrama).
Alberto Jorge, organizador do evento, acompanhado por Jonathan Azevedo, presidente da Associação de Desenvolvimento Sócio Cultural Toy Badé, durante a reunião, relembra que a ideia de Yemanjá abraçar a inclusão e a diversidade é o ponto central do evento.
“A decisão pela realização do Réveillon da Diversidade, em conjunto com o Festival de Yemanjá, se deu em 2019 quando nós levamos, no primeiro dia de evento, mais de 16 mil jovens, principalmente LGBTs, e, na última noite, circularam no festival cerca de 35 mil pessoas. Foi um momento muito bonito onde a interação e o respeito prevaleceram. As obrigações e oferendas aconteceram sem nenhum transtorno”, finaliza.
A expectativa dos organizadores é que o festival receba a visitação média de 50 mil pessoas, inclusive vindas de outros Estados como a Bahia (BA), por exemplo, onde os organizadores da maior festa de Iemanjá do Brasil, celebração religiosa que ocorre anualmente nas praias do Rio Vermelho, manifestaram interesse em compartilhar saberes, fazeres e informações técnicas quanto à realização deste tipo de evento, possibilitando assim um intercâmbio cultural.
Foto: Divulgação
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