Cartilha 'Etnoarquiteturas Varzeanas do Solimões' foi lançada na Comunidade Nossa Senhora das Graças, em Manacapuru

Na última terça-feira, (6), a egressa do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), arquiteta Gislany Sena, lançou a cartilha "Etnoarquiteturas Varzeanas do Solimões", no Centro Cultural de Artes e Tecnologia (CATEC’s), em Manacapuru (AM). O trabalho é resultado da dissertação de mestrado intitulada "Etnoarquitetura na Comunidade Nossa Senhora das Graças: Um estudo de mobilidade sazonal", defendida no início de 2021. 


A dissertação retrata a relação direta do regime sazonal dos rios e a etnoarquitetura das áreas de várzea e teve orientação da professora Therezinha Fraxe e Professor Carlos Augusto da Silva. Segundo a egressa Gislany Sena um dos principais objetivos da Cartilha foi devolver o resultado da pesquisa para a Comunidade Nossa Senhora das Graças,  Manacapuru-AM e também para a sociedade de um modo geral. 


“Buscamos mostrar as nomenclaturas utilizadas  pelos carpinteiros, os instrumentos e ferramentas utilizados nas construções das moradias ribeirinhas e as etapas construtivas. É uma profissão admirável e que merece reconhecimento, eles possuem um saber enorme e vivenciam a realidade da dinâmica das águas do rio Solimões. Observamos que é necessário incentivar e capacitar futuros profissionais dessa área, para a continuação não somente deste trabalho artesanal, mas também para a continuação de uma cultura que está imbricada naquele lugar, através dos ensinamentos passados de pai para filho ou para os mais próximos. Foi uma experiência muito rica, seja através da observação direta na construção das moradias ou através da fala dos profissionais”, destacou a autora.


A orientadora da dissertação, professora Therezinha Fraxe, explicou que no município de Manacapuru há muitos e etnoarquitetos das palafitas e sobre as águas. “Manacapuru, Iranduba e Novo Airão são as três cidades com maior número de etnoarquitetos do estado do Amazonas. Eles trabalham arquitetura naval, por meio da ancestralidade, do conhecimento que vem passando de geração para geração e com origem nos povos indígenas”, finalizou.    

Fonte: Com informações da Assessoria de Imprensa