A dois dias da posse, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira os 16 nomes de ministros que faltavam no primeiro escalão do futuro governo. A escalação final só foi definida na véspera, após costuras políticas que desalojaram alguns petistas de pastas para as quais já haviam sido convidados para dar lugar a nomes indicados por partidos de centro, como MDB, PSD e União Brasil. Ao todo, as três legendas, que oficialmente não apoiaram o petista na campanha, terão oito ministérios.
— Depois de um trabalho intenso, depois de muita tensão, depois de muita conversa e muito ajuste, terminamos de montar primeiro escalão do governo — afirmou Lula logo ao subir ao palco do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funciona a transição.
Entre os nomes que anunciados estão da senadora Simone Tebet (MDB) para o Planejamento, Marina Silva (Rede) que voltará a chefia do Meio Ambiente após 14 anos — a ambientalista ocupou o mesmo ministério durante os dois governos do petista, entre 2003 e 2008 — e o de Sonia Guajajara (PSOL-SP), que será a ministra dos Povos Indígenas.
Na montagem do futuro ministério, Lula deixou sob a influência do PT postos-chave da administração como Fazenda, Casa Civil, Educação e Desenvolvimento Social, mas barganhou áreas importantes para atrair apoio de MDB, União Brasil e PSD, que representam 28% das cadeiras da Câmara e 38% do Senado. Entregou pastas de relevância a futuros aliados como Cidades, que ficará com Jader Filho (MDB-PA) e Transportes, com o senador eleito Renan Filho (MDB-AL).
O senador Carlos Fávaro (PSD-MT) assumirá Agricultura e o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) Minas e Energia. Diante da insatisfação de deputados do PSD pela escolha de dois senadores, Lula decidiu ampliar o espaço da legenda e entregou à legenda de Gilberto Kassab um terceiro ministério, a Pesca, que ficará com o deputado federal André de Paula (PSD-PE).
Já o cobiçado Ministério de Integração Nacional ficará com o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), um indicado do senador Davi Alcolumbre (União Brasil), numa vaga que estava reservada para o União. O presidente da legenda, Luciano Bivar, porém, disse não se tratar de uma escolha da sigla, que indicou os deputados Daniela do Waguinho (RJ), no Turismo, e Juscelino Filho (MA), nas Comunicações.
Ao entregar Comunicações ao União Brasil, Lula precisou deslocar o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), para quem já havia sido prometida a pasta. A saída foi oferecer ao deputado petista o Ministério do Desenvolvimento Agrário, que dias antes havia sido ofertada ao líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG). Reginaldo era dado como certo no Desenvolvimento Agrário até a tarde de quarta-feira, mas acabou rifado em meio ao novo arranjo político para acomodar o PSD e União Brasil, que ficarão com três ministérios cada.
A demora para os anúncios ocorreu devido a pressão de bancadas importantes como União Brasil e PSD. O União Brasil tem 59 deputados e insistiu no nome de Elmar Nascimento (BA) para Integração Nacional, nome com forte rejeição do PT devido às posturas do deputado, contrário a pautas dos partidos e com manifestações recentes contrárias a Lula. Ele acabou preterido e defendeu a independência do partido em relação ao governo.
— O que for bom para o Brasil e ruim para o PT, a gente vota contra. A posição do partido é de independência. As indicações não são partidárias, são convites pessoais do presidente Lula. Não há indicação de executiva, de filiados. As votações, na Câmara e no Senado, vão mostrar a independência — disse Elmar ao GLOBO na manhã desta quinta-feira.
Já o PSD na Câmara, que terá 42 parlamentares em 2023, também demonstrou insatisfação com o espaço recebido e tratou a oferta da Pesca como "troféu de consolação" após o veto ao nome do deputado Pedro Paulo (RJ), que era cotado para assumir o Turismo. O parlamentar teve o nome rejeitado por pessoas próximas a Lula por uma acusação de agressão contra sua ex-mulher. Na época, ele negou ter agido com violência e o inquérito que apurou o caso foi arquivado pelo Supremo Tribunal Federal em 2016.
Veja todos os nomes anunciados hoje:
Marina Silva (Meio Ambiente)
Sonia Guajajara (Povos Originários)
Juscelino Filho (Comunicações)
Ministério das Cidades - Jader Filho (MDB)
Ministério do Planejamento - Simone Tebet (MDB)
Carlos Lupi (Previdência)
Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário)
Ministério dos Transportes - Renan Filho (MDB)
Ministro de Minas e Energia - Alexandre Silveira (PSD)
Ministro da Agricultura - Carlos Fávaro (PSD)
Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação)
Ministério do Turismo - Daniela do Waguinho (União Brasil)
Waldez Góes (Integração Nacional)
Ministério da Pesca e Aquicultura - André de Paula
General Gonçalves Dias (GSI)
Ministério do Esporte - Ana Moser
Conheça os nomes que já haviam sido anunciados:
Secretaria das Relações Institucionais – Alexandre Padilha
Secretaria-Geral - Márcio Macêdo
Advocacia-Geral da União – Jorge Messias
Controladoria-Geral da União – Vinicius Carvalho
Ministério do Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome - Wellington Dias
Ministério da Saúde - Nísia Trindade
Ministério da Educação - Camilo Santana
Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos- Esther Dweck
Ministério dos Portos e Aeroportos – Márcio França
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - Luciana Santos
Ministério das Mulheres - Cida Gonçalves
Ministério da Cultura - Margareth Menezes
Ministério do Trabalho e Emprego - Luiz Marinho
Ministério da Igualdade Racial - Anielle Franco
Ministro dos Direitos Humanos - Silvio Almeida
Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – Geraldo Alckmin
Ministro da Fazenda - Fernando Haddad
Justiça e Segurança Pública - Flávio Dino
Ministro da Defesa - José Múcio Monteiro
Ministro das Relações Exteriores - Mauro Vieira
Foto: Agência Brasil
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