Especialista alerta sobre os riscos causados pela hanseníase


O mês de janeiro é marcado pela campanha de saúde Janeiro Roxo que visa a conscientização e o combate à hanseníase. A doença crônica é causada pela bactéria Mycobacterium leprae e acomete milhares pessoas todos os anos no mundo. É caracterizada por alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos e pode gerar incapacidades permanentes.


O dermatologista Diogo Pazzini do Hapvida Notredame Intermédica explica que a grande maioria das pessoas já possui resistência natural à bactéria causadora da doença, por isso muitos não adoecem. A transmissão ocorre quando uma pessoa doente, sem ter iniciado o tratamento, elimina o bacilo por meio de secreções nasais, tosses ou espirros.


“As formas mais graves são as que têm múltiplas lesões e quando o doente já possui comprometimento neurológico. Sem um tratamento adequado a hanseníase pode deixar sequelas neurológicas, como perda de sensibilidade, alterações motoras e deformidades.”, informou Diogo.


Os sintomas podem surgir entre dois e sete anos, a partir da contaminação. A fase inicial da doença é caracterizada por lesões na pele, que causam diminuição ou ausência de sensibilidade ou lesões dormentes.


A hanseníase pode ser diagnosticada, por meio do exame de baciloscopia, que pode ser negativa nas fases iniciais, mas que não exclui a possibilidade da presença da bactéria no organismo.


A maioria das pessoas é resistente à doença e não deve desenvolvê-la mesmo em contato com a bactéria, mas caso aconteça, a pessoa deve ficar alerta para alguns sinais como: manchas na pele esbranquiçadas ou avermelhadas com uma perda de sensibilidade e formigamento nos membros.


“Neste caso, a orientação é procurar imediatamente um médico para poder ter um exame detalhado do diagnóstico e tratamento correto”, conclui Diogo.


Fonte: com informações da assessoria de imprensa