A produtora amazonense Casa de Artes Trilhares, de Rafaela Margarido, anuncia a realização, em Manaus, do musical da Broadway “Escola do Rock”, um espetáculo que acontecerá nos dias 25 e 26 de março, no Teatro Amazonas (Largo de São Sebastião, Centro).
O musical envolve a participação de 76 pessoas, entre atores e equipe técnica - uma grande e ousada produção, sendo a primeira prática de montagem licenciada em Manaus. Estarão no palco 26 atores, entre crianças e adultos que dançam e cantam, acompanhados de uma orquestra com maestro e 7 músicos.
Quatro crianças também vão tocar instrumentos em cena. Rafaela destaca que a produção é inteiramente licenciada e autorizada pelo escritório do musical original da Broadway, em Nova York, EUA.
“Manaus pode esperar um grande show, com muita música, dança, interpretação e todos os instrumentos ao vivo. É um show de rock sendo contado pelos personagens. É algo inédito, pela complexidade do espetáculo. Vai ser bem diferente de tudo o que os atores já passaram, de tudo o que já foi visto em Manaus.”, afirmou Rafaela Margarido.
Parcerias - A grandiosidade do espetáculo atraiu parceiros que apostam no projeto. A maior produtora de shows no Amazonas assina o selo “Fábrica de Eventos apresenta”. O Grupo Atem entrou como patrocinador. Outras marcas consagradas estão participando, a exemplo do Bob´s, Tropical Multilojas, Amazonas Shopping, Grupo DB, Maricota´s Craft e Tech Sound. A produção conta, ainda, com o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Os ingressos para o espetáculo começam a ser vendidos na bilheteria do Teatro Amazonas a partir desta sexta-feira, dia 3. Serão três sessões. No dia 25, às 20h, e dia 26, às 16h e às 19h. Os ingressos são de R$ 40, R$ 80 e R$ 120 (valores de inteira).
O espetáculo da Broadway já foi assistido por mais de 3 milhões de pessoas em todo o mundo. Desde o ano passado, o elenco tem ensaiado rigorosamente o espetáculo que possui duas horas de duração, três vezes por semana, para ganharem cada vez mais ritmo. A partir de março, os ensaios gerais começaram a ser realizados diariamente, com os adereços cênicos e a equipe completa.
Foto: Divulgação
Rafaela conta que já tinha turmas bastante avançadas de teatro musical na Casa de Artes Trilhares, e buscava uma obra que pudesse ao mesmo tempo ser desenvolvida por crianças e por adolescentes, além de alguns adultos. Após muita pesquisa, finalmente chegou à “Escola do Rock” como o projeto ideal.
“Escola do Rock seria um mega desafio, porque eles teriam que aprender a tocar todos os instrumentos e 5 alunos começaram a tocar dentro desse processo criativo. Então, nós decidimos comprar o licenciamento”, conta.
Feita a escolha, iniciaram-se as audições para entendimento dos personagens, para, então, levantar os recursos e pagar os direitos autorais. Isso foi feito a partir de diversas iniciativas, como rifas e sorteios. “E aí começamos o processo criativo”, relata.
Os responsáveis pela direção cênica são Matheus Sabbá e Dávilla Holanda, ambos com vasta experiência em teatro musical. Matheus, inclusive, tem formação no projeto Broadway Brasil e já dirigiu grandes espetáculos como A Caixa Mágica do Natal (feito pela Secretaria de Cultura) e a ópera O Menino Maluquinho, apresentada no 24° Festival Amazonas de Ópera. Dávilla é atriz de teatro musical e domina bastante essa linguagem. Ela já atuou em musicais como Os Saltimbancos e a Máquina, As aventuras de Matilda O musical, A Caixa Mágica do Natal. Além da experiência nos palcos, dirigiu, em 2021, Ópera do Malandro, de Chico Buarque de Hollanda.
Sobre a condução com elenco, Dávilla destaca que “Dirigir e acompanhar o crescimento do elenco ao longo do processo tem sido uma grande felicidade. É um desafio pela diversidade de idade, mas a disposição e força cênica deles, rompe qualquer desafio. A troca e a sintonia entre eles é gigantesca e o que deixa o espetáculo ainda mais gostoso de assistir. É um grande elenco e vão entregar tudo! Vai ser um show!”.
O maestro Otávio Simões entrou na direção musical; Elton Nogueira é o assistente de direção musical e co-repetidor; e Roque Baroque atua na preparação vocal. Foi Elton Nogueira quem ensinou as crianças a tocarem os instrumentos. Tudo em menos de um ano. “Foi um grande desafio, porque era uma turma mista. Os adultos tinham que entender o tempo das crianças e as crianças também tinham que entender o tempo dos adultos, que geralmente são mais sérios e focados. Então, foi uma troca e um desafio pra gente”, detalha Rafaela.
Nesse processo, a professora de jazz musical Hanna Vilaça tem participação ativa, contando com sua especialização na área e preparando o elenco para o ritmo da montagem.
Com sonorização do Barra Som, o espetáculo tem duas bandas, uma no palco, com o elenco, e a outra no fosso no Teatro, composta por músicos da orquestra. A banda das crianças toca ao vivo e recebe afinação permanentemente. Os microfones usados pelo elenco também serão especiais. Serão de lapela, como os usados nos grandes musicais, vindos de Belém.
Os figurinos foram um dos primeiros processos a ficarem prontos, visando dar maior confiança às crianças. A figurinista Dione Maciel, com o apoio de Rafaela Margarido, foram as responsáveis pelas pesquisas e definição da execução das peças. Já a cenógrafa Giorgia Massetani, com sua experiência profissional, especialmente no Festival Amazonas de Ópera, realizado no Teatro Amazonas, está contribuindo para a grandiosidade do espetáculo.
Foto: Divulgação
Baseado no filme homônimo de 2003, o musical foi composto por Andrew Lloyd Webber, compositor de musicais como “O Fantasma da Ópera”, “Cats” e “Sunset Boulevard”.
“Escola do Rock” conta a história de Dewey Finn, que, após ser demitido de sua banda de música, encontra-se perdido, com dívidas para pagar e sem ter o que fazer.
Uma vaga de professor substituto em uma escola particular parece ser a salvação, e o local onde ele vivencia a ideia de criar a Batalha das Bandas com seus alunos e se tornar o astro que sempre quis ser.
Sistema de audiodescrição - As sessões da “Escola do Rock” terão adequação de acessibilidade para que as pessoas portadoras de alguma deficiência possam desfrutar do espetáculo.
As pessoas surdas vão poder, a qualquer momento, utilizar o sistema de audiodescrição. Para os cegos ou de baixa visão, será preciso sinalizar na compra do ingresso, para que sejam atendidos e orientados por uma equipe especializada na chegada ao Teatro, que deve ser com antecedência em relação ao início do espetáculo.
Outro diferencial será a entrega, para cada espectador, do livreto (Playbill) com todas as informações sobre o show. O público terá lojinha temática, onde poderá adquirir camisas, bandanas, copos, para entrar no clima da Escola do Rock. “Vai ser uma experiência frenética” ,adianta Rafaela.
Há 25 dias da estreia, o ritmo é frenético na produtora Trilhares. Tudo para oferecer uma experiência única. “Essa experiência será completa do elenco com o público. Esperamos que esse show abra portas para que sejamos mais vistos e reconhecidos e outras obras possam ser realizadas”, diz Rafaela.
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