Na última semana, o Cine&Vídeo tarumã, projeto de extensão da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), conversou com o escritor amazonense Milton Hatoum, os atores Sophie Charlotte e Daniel de Oliveira, além do diretor Sérgio Machado e o produtor Rodrigo Castellar sobre o lançamento do filme "O Rio do Desejo", que é inspirado em um conto de Hatoum e teve sua pré-estreia no Teatro Amazonas.
O filme que durou quase 10 anos para ser lançado, foi recebido com filas e lotação máxima no teatro. O produtor Rodrigo Castellar contou que a pré-estreia atendeu todas as expectativas do elenco.
“A gente não queria estrear esse filme em festival remoto ou na internet. A gente queria ver isso aqui, mil pessoas dando a volta no teatro para assistir o filme, para ver o elenco”, declarou o produtor.
Rodrigo também relatou que o filme teve que ser gravado em uma janela muito curta de tempo. Em vista que o filme tinha que ser gravado em um período que não chovesse e que, ainda assim, não estivesse cheio. O que dá em torno 2, 3 meses no ano.
O filme foi inspirado no conto “O Adeus do Comandante” que integra a coletânea "A Cidade Ilhada” do escritor amazonense Milton Hatoum. O escritor falou com o Cine&Vídeo sobre o processo de ter cada vez mais suas obras adaptadas para as diferentes linguagens.
“Para mim foi uma surpresa ter estes contos e romances adaptados, porque quando eu escrevi esses livros não pensei em adaptação. Eu vejo essas adaptações como um tipo de tradução e acredito que tive sorte com meus cineastas e diretores de teatro ", pontuou o escritor.
O diretor do filme, Sérgio Machado, explicou os motivos que o fizeram adaptar a obra do escritor amazonense.
“O que me encantou na literatura de Milton é aquilo que está ali e você não vê, uma espécie de denúncia, mas também aquele mistério, uma atmosfera misteriosa em si, como se os fantasmas do passado comandassem o presente”, expôs o diretor.
Foto: Reprodução/Ufam
A obra também contou com a participação de atores de renome nacional como Sophie Charlotte, Daniel de Oliveira e Gabriel Leone. A atriz Sophie contou que o convívio com a população local foi essencial para a produção do filme.
“A população de Itacoatiara nos recebeu amorosamente e facilitou tudo para o filme dar certo. E para mim, ter essa oportunidade de viver a protagonista, a questão do sotaque, do pertencimento que eu queria passar fez com que eu me apaixonasse pela região."
A atriz também demandou o retorno do Cine Theatro Dib Barbosa, que exibia filmes em Itacoatiara e que não está mais em funcionamento.
O ator Daniel de Oliveira já tinha uma conexão antiga com a com a região, o ator gravou o filme “A festa da menina morta” de 2008, em Barcelos, distante 405 km da capital Manaus. O ator explicou para o Cine&Vídeo a sua ligação com a região amazônica.
"Eu sempre fui fascinado com a região, a primeira vez que eu vim fui em um ensaio bumbódromo de Parintins, depois vim para trabalhar nesse filme em Barcelos, depois que gravei o filme, fiquei encantando com a região e percebi que o norte sempre chama”, declarou o ator.
A conversa com o elenco e com o escritor Milton Hatoum, foram feitas pelos voluntários Lucas Santiago, Juan Pablo, Tiago Way, Eros de Sousa e Eduarda Oliveira e coordenada pelo professor de arquivologia Luiz Santana, coordenador do projeto de extensão da Ufam Cine&Video Tarumã.
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