Duas novas exposições com obras de cerâmicas, obras pictóricas, fotográficas, tridimensionais e artefatos indígenas, estão abertas à visitação nas galerias José Bernardo Michiles e Manoel Santiago, no Palacete Provincial, de terça-feira a sábado, das 9h às 17h, com entrada gratuita.
As exposições foram inauguradas no Dia dos Povos Indígenas, quarta-feira (19) e vão até o dia 31 de maio. Nesta sexta-feira (21), o espaço funcionou em horário diferenciado, das 9h às 13h, em razão do feriado de Tiradentes, uma ótima oportunidade para o início do feriado.
O Palacete Provincial é administrado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. De acordo com o secretário de cultura Marcos Apolo Muniz, trazer expressões regionais e ancestrais mantém a história do Amazonas viva e visibiliza a data que comemora a existência dos povos indígenas.
“Essa data guarda a essência do Amazonas, construído e moldado pela ancestralidade indígena. Os Museus, em geral, exercem esse papel importantíssimo de guardar nossa história de forma preservada e trazer em exposições expressões culturais indígenas, fotográficas, artesanais, que ampliam a visão dos nativos e dos turistas sobre a regionalidade amazonense”, afirma Apolo.
Para o gerente da Pinacoteca do Amazonas e curador das exposições, João Dias, as mostras trazem ensinamentos e respeito à natureza. “As duas exposições estão conectadas com uma proposta poética de retratar nossa relação com a natureza através da produção artística e práticas ancestrais, como a produção de Cerâmica”, comenta João.
E acrescenta que as exposições apresentam que é possível retirar da floresta somente o necessário para o bem-estar humano. E isso é aprendido com a sabedoria dos povos ancestrais.
A primeira exposição é “A Arte do Fogo”, com curadoria de Orlane Freires e João Vitor Dias e participação de 22 ceramistas das disciplinas de cerâmica da Faculdade de Artes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que trazem a arte da cultura dos povos indígenas e a linguagem artística das cerâmicas, que são expressões resultantes do processo ancestral da queima do barro e ressaltam a necessidade de preservação do processo e memória ancestral.
A segunda traz as “Vivências Ancestrais Amazônicas”, com obras de 31 artistas locais e que expressam a cultura da vivência em meio à floresta amazônica, exaltação, estética e reflexão. Com a curadoria de João Vitor Dias, a exposição tem obras fotográficas, pictóricas e tridimensionais que apresentam a relação da nossa vida e da floresta Amazônica, conexão com povos ancestrais e celebração do dia dos povos indígenas, com presença notória na Galeria das etnias Ticuna e Maku, as quais trazem seus artefatos memoriais.
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