Terror noturno

Vamos falar sobre TERROR NOTURNO!


Podemos considerar como uma imaturidade do sistema nervoso central da criança, especialmente entre 2 a 7 anos, segundo as teorias científicas; à medida que a evolução acontece, os processos diminuem, enquanto isso não ocorre, aa crises são manifestadas por emoções fortes como: choro, agitação, suor, gritos e aumento do ritmo cardíaco e geralmente acontecem fora da fase REM (movimento rápido dos olhos), algumas vezes, durante a noite, porém a criança tende a não acordar, apenas expressa as emoções citadas, podendo até sentar-se na cama ou sair andando pela casa, de olhos abertos e assustada... Eitaaa!! E o quê fazer? Acalenta-se a criança até que se acalme e a crise passe, que por sinal, pode levar 15 minutos, sendo que a criança nem vai lembrar do ocorrido e aí está a diferença do pesadelo para o terror noturno; no pesadelo temos a reconstituição de algo que ocorreu durante o dia, que trouxe medo ou estresse e a situação é reproduzida durante  o sono, em forma de pesadelo e que acaba despertando a criança! Já o terror noturno, caracteriza-se por uma crise onde leva a criança a um desconforto durante minutos e não lembra do que ocorreu... por isso, os pais costumam buscar ajuda de profissionais e especialistas em sono para obter uma explicação e o tratamento, pois é assustador e cansativo acompanhar esses episódios nos pequenos.


O diagnóstico é clínico, sem precisar fazer exames, a não ser que sejam identificados sintomas fora dos que citei, como por exemplo, movimentos involuntários, parecido com quadro de epilepsia, que tem duração muito menor de até 4 minutos, até menos.  

No pesadelo, a criança acorda e conta sobre seu medo e os pais podem explicar que nada daquilo é real, não está acontecendo e oferece aconchego até que a criança se acalme e volte a dormir; no terror noturno, já que a criança não acorda por si e nem lembra depois o que aconteceu, os pais precisam ficar perto, acarinhando, até que a crise acabe... geralmente as crianças passam pelo terror noturno até completarem 7 anos de idade e importante ressaltar, que esse problema, não acarreta danos mentais e nem psicológicos ao desenvolvimento cognitivo e nem neurológico, e uma curiosidade em torno do assunto é que: pais com sonambulismo ou que falam enquanto dormem apresentam maior tendência a terem filhos com terror noturno.


Quando os episódios ocorrem várias vezes na noite ou frequência durante a semana, é recomendável buscar um especialista, já que pode trazer conseqüências à criança e aos pais pela privação e interrupção do sono, podendo causar agitação, nervosismo, falta de concentração durante o dia. 


Para aliviar a preocupação vão aí algumas dicas para lidar com essas questões: 


✅ não acordar a criança; apenas acompanhar e cuidar para que não se machuque nas crises, até que volte a dormir, com seu aconchego e proteção;


✅ reduza o estresse na criança e crie uma rotina para a hora do descanso e do sono;


✅ elimine bebidas estimulantes e comidas pesadas antes de ir dormir;


✅ garanta que a criança está tendo horas de sono suficientes à sua idade;


✅ durante a crise, não leve sua criança para sua cama, pois isso não resolve e trás outro problema: a insegurança;


✅ afastedo ambiente de descanso, objetos cortantes e aparelhos elétricos, evitando riscos à criança. 


No mais é só oferecer muito amor e proteção, e ter paciência, porque tudo passa! 😉


Até semana que vem 👋🏼

Sobre a colunista


Lucijane Lamêgo Guimarães tem 55 anos e é natural de Manaus (Amazonas). Ela é bacharela em Psicologia pelo Centro Universitário FAMETRO, no ano de 2017. 


Como psicóloga clínica, atua em consultório fazendo psicoterapia com o público de adolescentes, adultos e idosos.

Fonte: escrito por Lucijane Lamêgo para o Porto de Lenha News