Com passaporte carimbado em mais de 150 países, o maranhense Luiz Thadeu Nunes se encantou após sua passagem pelo Amazonas e concluiu que o destino do norte do país é “mágico”. Neste mês de julho, o engenheiro agrônomo finalizou o desafio e conheceu todos os estados brasileiros, ao passar pelo Amazonas. De acordo com a Empresa Estadual de Turismo (Amazonastur), no primeiro quadrimestre, mais de 112 mil turistas visitaram o Amazonas.
Luiz Thadeu tem mobilidade reduzida e esteve em Parintins (a 369 quilômetros de Manaus) à convite da Amazonastur, para conhecer e divulgar o 56º Festival Folclórico de Parintins, realizado entre os dias 30 de junho a 02 de julho de 2023.
O maranhense atua como subsecretário de Turismo de Maranhão e conta que o último destino antes de chegar ao Amazonas, à ilha tupinambarana, foi o Alasca.
“Estava em Anchorage, Alasca, em uma viagem que se iniciara em Honolulu, Havaí. Ainda acomodava a bagagem no quarto do hotel, já com Wi-Fi, vi uma mensagem, querendo saber se teria interesse e disponibilidade para ir a Parintins, Amazonas, para assistir ao Festival Folclórico. - Claro, estou pronto para a viagem, respondi de imediato”, relembrou o viajante.
Para o Luiz Thadeu, os maiores encantos amazonenses estão no acolhimento do povo. “Esses contrastes aqui embelezam o mundo, essas disparidades, não só de clima da vegetação, de pessoas. O mais importante, por onde eu ando, em todos os lugares do mundo, são as pessoas”, elogiou.
Ao término do Festival, Luiz Thadeu é categórico: Parintins é um lugar para retornar. “Um espetáculo no meio da floresta, com o máximo de criatividade, sendo uma mistura de sentimentos. Parintins é um lugar para voltar, para ver o que o Brasil tem de mais genuíno, belo e criativo. A Amazônia, com seus povos e suas florestas, sua magia e seus encantos, mostra ao mundo que a arte cura; a arte é terapêutica”, pontuou.
‘Das muletas fiz asas’
A história de Nunes mudou em 2003, quando estava dentro de um táxi e o motorista atendeu ao telefone, perdeu o controle e colidiu com um caminhão no interior do Rio Grande do Norte.
Luiz Thadeu passou quatro meses internado e teve que passar por 43 cirurgias para reabilitação. Todos esses desafios fizeram com que o engenheiro agrônomo ficasse quatro anos sem colocar os pés no chão. “Me adaptei às muletas e comecei a andar pelo mundo”, revelou.
Após o acidente, o engenheiro afirma ter se reinventado, sempre em busca do próximo destino, da próxima cultura a desbravar, o próximo país ou cidade a conhecer.
“Eu sempre gostei muito de viajar, em função do acidente e por ter ficado tanto tempo parado, a maneira que eu que eu consegui pra me reinventar foi conhecendo o mundo. O mundo tem 194 países, eu estou com 151, a meta é 194 pra ser o homem mais viajado do mundo”, planeja.
Ao ser questionado qual será o próximo destino, Luiz Thadeu, que acaba de deixar o Amazonas, diz que as malas já estão prontas em direção à China.
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