Ciência, com recheio de religiosidade e psicologia!


Para iniciarmos nossa conversa da semana, precisamos antes, entender os significados de cada termo...



🌍 Ciência: conhecimento atento e aprofundado de algo pela observação, identificação, pesquisa e explicação de fenômenos e fatos.


🙏🏼 Religiosidade: qualidade do que é religioso; tendência para os sentimentos religiosos, para o quê é sagrado, seja qual for a religião. 


🆘 Psicologia: área da ciência que estuda a mente e o comportamento humano e suas interações com o ambiente físico e social.


Tendo especificado cada termo, podemos tentar interligar um ao outro, pois o universo, o homem e toda a existência de vida, vem da ciência, qie com seu início, avanço e constante giro, visa trazer benefícios a todo o ser do planeta, aos fenômenos naturais ou provocados e antes de tudo, do início, da luz e do infinito, está a presença de Deus, que É dono de toda ciência.  Aaaaahhhh, certo! Então, de que forma a psicologia lida com a religiosidade, já que a  ciência está inserida em todos os experimentos e pesquisas? Como um profissional de psicologia lida com a religiosidade, partindo de alguns conceitos e crenças, de que a ciência é um estudo isolado, independente e para muitos, não deve e nem pode ser "misturada" com religiosidade? 

Um profissional de psicologia não pode impor ao seu paciente/cliente suas posições ou crenças, sejam elas políticas, pessoais pu religiosas, porém se o paciente tem como primordial a sua fé, seja em qual religião for, algo de muito relevância, que traga fortalecimento emocional, e dessa forma não quer fazer cisão, não separa a sua fé e crenças de todos os acontecimentos da sua vida, é óbvio que o assunto pode ser abordado nas sessões de psicoterapia, porém se o cliente não tem nenhuma relação com religiosidade oi a nada que se refira a esse aspecto, não se deve citar, em nenhuma abordagem sobre o tema, pois precisamos garantir o bem-estar, a confiança, a liberdade de expressão de paciente.


Vamos analisar uma situação: supondo que o paciente tem o sofrimento do vício, seja ele qual for, e caso a pessoa tenha algum conhecimento ou contato, simpatia  ou qualquer ligação com religiosidade, torna-se mais fácil e leve o tratamento psicoterápico, quando se pode contar com a fé desse paciente, que não se julga tão auto-suficiente e pronto no enfrentamento desse  ou de qualquer outro problema, afinal, depender do que é sagrado é mais saudável, do que ser  dependente químico, por exemplo!


A psicologia tem o intuito e a feliz pretensão de trazer equilíbrio para a psique humana e, até mesmo, no que diz respeito à fé, existe o aspecto positivo e o lado negativo para o paciente também, a saber: pode acontecer da pessoa, por acreditar no ser supremo, colocar todas as suas capacidades, sofrimentos e gerência da sua vida, a esse ser supremo: Deus; porém se sabe que somos capacitados por ELE a vivermos e com liberdade de escolhas bem feitas, de preferência, e com as potencialidades e habilidades que podem nos direcionar, nas necessidades sociais e enfrentar os desafios da vida, incluindo doenças que nos tiram as expectativas, problemas financeiros e decepções amorosas ou profissionais, conflitos existenciais, e todos os assuntos que podem influenciar nos aspectos da saúde mental, afetando de tal forma que muitos optam ou NÃO, pelo suicídio, por exemplo! Os credos foram apontados como um auxílio nas negociações diante da ideação suicida, na decisão de procurar tratamento para a depressão ou outro transtorno psíquico. 


Foram realizados estudos que visavam investigar (ciência), se a relogiosidade seria um fator de proteção contra doenças do corpo e da mente, e em muitos dos estudos, o resultado da afiliação religiosa teve um impacto positivo nos pós-cirúrgicos de câncer  e que muitos médicos já se surpreenderam com os resultados de tratamento em pacientes que têm fé em algo que seja superior à existência e competências  humanas. Não se pode deixar um tratamento de saúde e colocar tudo nas mãos de Deus, bem como também não se deve ignorar por completo a fé ou até menosprezar quem a tem, por isso o mais aconselhável é buscar e encontrar o equilíbrio entre eles. 


Estatisticamente, dá-se conta que nosso país é constituído por mais de 80% de pessoas religiosas, nem todos cristãos, mas religiosos, portanto temos a religiosidade fortemente ligada a todos os segmentos da vida!


E um psicólogo deve ser totalmente neutro a essa realidade? Vai depender da demanda do paciente, pois caso este seja interessado em abordar seus conflitos envolvendo sua religiosidade, nada impede ao profissional de interagir na sua abordagem, desde que leve em consideração, que a psicologia tem objetos fornecidos aos tratamentos que devem se adequar e se encaixar na sessão, pois enquanto ciência tem sua contribuição para os diversos tipos de transtornos, porém sem abandonar o lado religiosos, sempre buscando aperfeiçoar e interligar os dois aspectos! 

Na psicologia da religião, que é a parte da ciência que estuda como se constrói, se estrutura e se expressa o comportamento do homem, pode-se ter uma forma cultural de subjetivação e o importante é ter uma conduta ilibada e não impor ideias e visão de mundo a ninguém, levando em conta que todos temos limitações a serem respeitadas, tendo a responsabilidade profissional com aquele que confiou em você! 


Um abraço e até a semana que vem! 🤎

Sobre a colunista


Lucijane Lamêgo Guimarães tem 55 anos e é natural de Manaus (Amazonas). Ela é bacharela em Psicologia pelo Centro Universitário FAMETRO, no ano de 2017. 


Como psicóloga clínica, atua em consultório fazendo psicoterapia com o público de adolescentes, adultos e idosos.


Fonte: escrito por Lucijane Lamêgo para o Porto de Lenha News