Você já começou a fazer alguma coisa e no meio do caminho, deixou de lado? É sobre isso que vamos conversar, nesse texto!
Quantas vezes damos início a algum projeto, seja no campo pessoal, profissional, familiar, social, financeiro mas... de repente, não mais que de repente, o freio do desânimo é acionado, deixando a empolgação e motivação "a ver navios"? 😬 Comigo acontece até hoje e com você?
Ainda que a gente queira e acredite que aquele caminho é a solução para se alcançar um objetivo, a velocidade desse "querer e acreditar" vai desacelerando, até zerar, e é partindo dessa experiência que se pode chegar à conclusão que o problema não está em 'começar', mas em dar 'continuidade', e o mais intrigante é 'não saber porquê isso aconteceu'...
Vamos pensar juntos⁉️ Será que confundimos 'motivação com empolgação?'
A motivação é o motivo, a razão para alcançar o objetivo e antes de darmos início em algum projeto, temos a companhia da empolgação, que vai sendo diminuída conforme o encanto vai sendo desvendado; por ser uma novidade, tudo fica interessante, mas com o tempo passando e a ação almejada sendo atingida, aquela sede da conquista, pode ser equivocadamente, saciada... sem contar que têm dias menos motivadores, e pelo próprio processo, tornando-se mais desafiador, a empolgação vai passando, sendo esse o primeiro ponto: confundir 'empolgação com motivação; ancorar-se na ideia de fazer alguma coisa porque é empolgante e se for passageira, o comprometimento perde força, pelos percalços que surgem e vamos ficando permissivos à desistência, e conforme vai se permitindo a brecha do desânimo, nasce o distanciamento da 'constância' 🆘 e por que acontece isso? Podemos citar 2 motivos:
📌 Imediatismo: querer resultados rápidos - se a expectativa tiver em descompasso com o alvo que queremos atingir, o processo, acompanhado dos obstáculos, vai perdendo a "graça". ☹️
📌 Comodismo - um exemplo: quando conseguimos ganhar uma competição pensamos: - "aaahhh, já ganhei meu troféu, minha medalha, meu prêmio, um reconhecimento... pronto, não tenho mais o quê perseguir," não se leva em consideração que o caminho está indo para a falta de constância, pelo pensamento de que aquilo está consolidado, como se já não existissem outros aprendizados, e não é verdade, já que o objetivo real é se manter dentro daquela expectativa, que não pode ser atrelada a pequenos e rápidos resultados!
Parênteses rapidinho sobre o quê acontece comigo: (sinto a necessidade de permanecer magra, mas não levo a sério com constância, apenas para algum evento especial... fui determinada e busquei um plano para isso, só que a data chegou e o foco era apenas aquele, conclusão: engordei novamente 🙄 Se o meu foco era ser magra para sempre, a constância falhou.)
Isso tudo porque foi apenas contextual; consegui meu objetivo dentro daquele contexto e depois relaxei, porém não fiquei satisfeita. 🤭 Então, o problema não é usar elementos para potencializar a empolgação, mas o principal é ter o cuidado em perceber que o objetivo não pode estar atrelado apenas ao contexto, mas termos argumentos, a longo prazo, para a manutenção da constância, logo, podemos concluir que o comportamento constante está intimamente ligado às atitudes e aos pensamentos e podemos criar aliados para atingir a constância como:
🎯 Diário de evolução - com informações sobre a importância de se manter aquela determinada ação; ajuda também a ver a evolução, dia a dia com as adaptações e mudanças visíveis; caso observe alguma falha no processo, pode-se retomar e prosseguir!
🎯 Cartão de enfrentamento: são os lembretes, para que as ideias principais não sejam negligenciadas. Exemplo: Se uma determinada receita de bolo é feita todos os dias, não precisa mais ser lida... os ingredientes vão ser adicionados naturalmente; mas uma receita nova, precisa dos lembretes de como fazer, até que esteja aprendida e vire um hábito... 😉
Faça os cartões e lembre-se do compromisso e daqui em diante é buscar a constância!
Vamos lá? Força, foco e fé 👏🏼 Até à semana que vem e se puderem, deixem sugestões de temas!
Sobre a colunista
Lucijane Lamêgo Guimarães tem 55 anos e é natural de Manaus (Amazonas). Ela é bacharela em Psicologia pelo Centro Universitário FAMETRO, no ano de 2017.
Como psicóloga clínica, atua em consultório fazendo psicoterapia com o público de adolescentes, adultos e idosos.
Fonte: escrito por Lucijane Lamêgo para o Porto de Lenha News
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