Você já parou para pensar nos ciclos que existem à nossa volta? Vamos observar a natureza, por exemplo, com os seus ciclos: as estações do ano, as fases da lua, os tempos das frutas, de plantio e de colheita, das cheias e vazantes dos rios e tantos outros fenômenos, inclusive, o ano de 2023, que já está chegando ao fim... dos 365 dias que tivemos para realizar projetos, resolver pendências, reformular áreas da vida seja financeira, pessoal, sentimental, mudanças na vida profissional, pessoas que chegam e que vão embora, saúde e fé que se misturam, apegos e desapegos, muitas experiências para contar que trouxeram sorrisos ou lágrimas, aprendizado ou resistência, alívio ou enfrentamento, mas todos os momentos foram de desafios porque querendo ou não exigem de nós, força interior para os recomeços, a famosa 'resiliência' que na prática, é a capacidade de se adaptar a fontes de significativas mudanças e aceitação para encarar adversidades, usando lógica e intuição, seriedade e leveza, calmaria e entusiasmo, explorando comportamentos flexíveis e aparentemente opostos, para enfrentar e superar obstáculos na vida; assim percebemos a natureza criada por Deus, onde uma planta pode nascer de uma parede e resiste aos entraves, da mesma forma, a natureza humana também pode desenvolver a sua capacidade de adaptação aos recomeços, às perdas e aos ganhos que hão de vir, para que, sabendo lidar com as tensões causadas por surpresas desagradáveis, sintomas de ansiedade e depressão possam ser combatidos ou evitados!
Como estão suas emoções e sentimentos? Você se considera uma pessoa apegada ou desapegada a situações, coisas pu pessoas? Você acredita que vivemos etapas ou ciclos com início, meio e fim? Pense por quais ciclos você já passou... 🤔 Mudança de endereço ou de cidade, país; mudança de emprego ou atividade; amizades que vêm e vão; amores que nasceram ou morreram; uma doença que se apresenta e que nos faz mais fortes; relacionamentos familiares, amorosos ou com algum laço afetivo que por vezes se rompem, independente da nossa vontade, mas que são ciclos que precisam ser encerrados para que outros possam recomeçar, porém é necessário que estejamos disponíveis à aceitação do 'novo'.
Apegar-se às pessoas, aos bichinhos de estimação, ao ambiente de trabalho, ao carro ou qualquer coisa que lutamos para conseguir, pode perfeitamente estar dentro da normalidade, desde que tenhamos o entendimento de que nada e ninguém é para sempre, nem nós mesmos. É inevitável para nossa saúde mental, esse desapego, porque existem pessoas que se apegam até no que está fazendo mal a elas, não permitindo que se encerrem nas suas vidas, não deixam o ciclo fechar e repetem o mesmo processo de reclamação e desajuste emocional. Para isso, a solução é trabalhar o amor próprio, o autoperdão, retirar da vida a comparação com outras pessoas, fortalecer a autoconfiança, reconhecer os pontos fortes, dizer o sim e o Não nas horas convenientes, são alguns caminhos para o desapego, mas relevante mesmo é aceitar o dinamismo da vida!
Casais que vivem felizes por anos e anos, têm consciência e já viveram o desapego de várias formas: desapegar de comportamentos disfuncionais, desrespeitosos, egoístas, infantilizados e assim encerram ciclos para recomeçar outros, de forma leve e ajustada para dar nova forma e continuidade ao relacionamento, com fôlego recuperado e sem danos emocionais, até mais fortalecidos e unidos, reativando vínculos de amizade e cumplicidade!
Saibamos viver os ciclos do dia e da noite, do quente e do frio, mas sem nos acomodarmos com o nublado e com a sombra ou com o morno e sem sabor, para que o equilíbrio e o contraponto sejam presentes para a evolução do real crescimento individual.
Com planejamento, execução e intuição (ouvindo a nossa alma) saibamos onde NÃO queremos mais permanecer e que tenhamos sabedoria para usar o movimento e seguir adiante.
Feliz capacidade para abrir um novo ciclo a você e a mim! 🙌🏼🙏🏼
Até à próxima semana!
Sobre a colunista
Lucijane Lamêgo Guimarães tem 55 anos e é natural de Manaus (Amazonas). Ela é bacharela em Psicologia pelo Centro Universitário FAMETRO, no ano de 2017.
Como psicóloga clínica, atua em consultório fazendo psicoterapia com o público de adolescentes, adultos e idosos.
Fonte: escrito por Lucijane Lamêgo para o Porto de Lenha News
