Justiça barra novamente aumento da tarifa de ônibus em Manaus

A Justiça do Amazonas decidiu, nesta terça-feira (25), manter a suspensão do aumento da tarifa de ônibus em Manaus, que subiria de R$ 4,50 para R$ 5. Pela segunda vez, a prefeitura tentou reverter a decisão para reajustar o valor da passagem, mas não obteve sucesso.


A decisão exige mais transparência sobre o reajuste da passagem de ônibus em Manaus e determinou que a Prefeitura e os demais responsáveis apresentem documentos detalhados até sexta-feira (28). Os dados devem esclarecer os impactos financeiros e operacionais do transporte coletivo na capital.



Entre as informações exigidas estão:


  • Subsídios municipais e estaduais aplicados ao sistema;
  • Custos operacionais do transporte desde 2017;
  • Quilometragem percorrida pelos ônibus;
  • Número de passageiros transportados;
  • Receita obtida com publicidade nos veículos e pontos de parada;
  • Impacto do pagamento eletrônico no emprego de motoristas e cobradores.

A juíza Etelvina Lobo Braga, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Manaus, também atendeu a um pedido do Ministério Público e marcou uma reunião entre as partes para tentar um acordo. A audiência de conciliação será no dia 6 de março, às 10h, no Fórum Cível, no bairro São Francisco, e a participação dos envolvidos é obrigatória.


A juíza também quer informações sobre a receita gerada por publicidade nos ônibus e pontos de parada, além do impacto do pagamento eletrônico no emprego de motoristas e cobradores.


Segundo a magistrada, aumentar a tarifa sem estudos técnicos claros prejudica a população e fere o direito ao transporte público de qualidade. A audiência de conciliação será presencial, e os envolvidos devem comparecer com advogados ou representantes legais.


No dia 14 de fevereiro, a juíza Etelvina Braga suspendeu o reajuste que aumentaria a tarifa de R$ 4,50 para R$ 5. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público, que processou a Prefeitura de Manaus e o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), alegando falta de transparência e ausência de estudos técnicos que justificassem o aumento.



Quatro dias depois, a desembargadora Mirza Cunha confirmou a suspensão. Na época, ela destacou que a decisão não era definitiva e poderia ser revista após uma análise técnica do reajuste.


Fonte: da Redação do site Porto de Lenha News