A professora e coordenadora do curso de Engenharia de Aquicultura no Instituto Federal do Amazonas (Ifam), campus de Presidente Figueiredo, Alzira Miranda, recebeu, na noite desta terça-feira (25), em Brasília, o Prêmio Mulheres das Águas, na categoria Gestão Pública e Privada. A honraria é concedida pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). Além de sua carreira dedicada à docência, Alzira Miranda fez história ao se tornar a primeira engenheira de pesca do Brasil a assumir a presidência de um Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, o Crea do Amazonas.
Ao falar sobre a conquista do prêmio, Alzira Miranda lembrou da família e de sua origem humilde. “Sou filha de um pai pescador e de uma dona de casa. Nunca imaginei que pudesse, um dia, estar aqui, recebendo esse prêmio. Me emocionei porque, junto de mim, estavam mais nove mulheres que marcaram a pesca e a aquicultura no Brasil”, disse a professora, que fez questão de compartilhar o prêmio com os profissionais do setor.
“Espero que esse prêmio seja compartilhado com vocês e que represente muito na vida de cada um, porque, na minha, já ficou marcado, na minha história e no meu coração. Obrigada por fazer parte dessa história”, finalizou.
Ministro
O ministro da Pesca e Aquicultura revelou que a ideia de criar o Prêmio Mulheres das Águas surgiu após o primeiro recadastramento da gestão, que constatou que 49% dos profissionais da pesca no Brasil são mulheres.
“Isso evidencia o protagonismo e a importância que as nossas mulheres têm na nossa atividade. Daí surgiu a ideia de dar luz, brilho, evidência, homenagear e reconhecer o talento dessas mulheres”, declarou André de Paula, que também ressaltou os recursos naturais que o país possui para o setor.
“Somos um país com quase 8,5 mil quilômetros de costa. Detemos 12% de toda a água doce do planeta. Somos riquíssimos em biodiversidade, mas a maior riqueza que temos na pesca e na aquicultura está sentada aqui, no exemplo de vida dessas mulheres”, discursou o ministro.
Presenças
O evento contou com a presença da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves; da secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Machado; da secretária de Cultura de Pernambuco, Cacau de Paula, e de demais secretários do MPA.
Os prêmios foram distribuídos nas categorias: Pesca Artesanal - Águas Marinhas, Pesca Artesanal - Águas Continentais, Pesca Industrial/Indústria do Pescado, Pesca Amadora e Esportiva, Aquicultura Marinha, Aquicultura Continental, Pesca e Aquicultura de Peixes Ornamentais, Pesca e Aquicultura em Águas Estuarinas, Pesquisa e Gestão Pública e Privada.
Quem também recebeu uma menção honrosa foi a cantora e compositora pernambucana Lia de Itamaracá.
Trajetória de Alzira Miranda
Alzira Miranda formou-se em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Em seguida, especializou-se no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), onde concluiu o mestrado e o doutorado.
Na área acadêmica, atuou por 14 anos como professora e coordenadora de cursos no Centro Universitário do Norte (UniNorte), liderando programas nas áreas de Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Petróleo e Gás, além de Segurança do Trabalho.
Desde 2021, é docente do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), no campus de Presidente Figueiredo, onde coordena o curso de Engenharia de Aquicultura, contribuindo para a formação de novos profissionais no setor.
Gestão e Liderança Nacional
Além de sua atuação na educação e na pesquisa, Alzira desempenhou papéis estratégicos no fortalecimento da engenharia e da aquicultura no Brasil. Foi diretora social e vice-presidente da Associação dos Engenheiros de Pesca do Amazonas (AEP-AM), além de presidir a Associação Feminina de Engenharia, Agronomia e Geociências do Amazonas (AFEAG-AM), entidade que promove o protagonismo feminino em carreiras técnicas.
No Crea-AM, Alzira foi eleita conselheira federal suplente (2020-2022) e ocupou cargos de destaque, como coordenadora do Programa Mulher, coordenadora do Grupo de Trabalho do Interior e vice-coordenadora do Grupo de Trabalho de Aquicultura (2021-2023). Em âmbito nacional, tornou-se a primeira engenheira de pesca a integrar o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).
Sua atuação também inclui o desenvolvimento de projetos comunitários voltados para a valorização da pesca e da aquicultura no Amazonas, como “Ideias para Utilização do Pescado por Mulheres Comunitárias” e “Estado da Arte da Piscicultura no Amazonas”, iniciativas que incentivam a sustentabilidade e o fortalecimento da economia local.
banda Raimundos amazonas manaus Amazonas Food Festival amazonas filhotes meio ambiente manaus onça natureza periodo defeso amazonas peixe tambaqui manaus manaus tce-am Assembleia Legislativa do Amazonas Yara Amazônia Lins amazonas Dia Mundial da Saúde vacinação gratuita amazonas manaus Millennium Shopping manaus natação esporte reeducação aquática amazonas amazonas atletas governo do amazonas manaus formando campeões Programa RecuperaFone amazonas manaus celulares ensaios da toada caprichoso amazonas garantido manaus bumbás de parintins saúde da mulher manaus amazonas exames