Dando sequência ao lançamento das toadas de 2025, o Boi Garantido apresentou, nesta quinta-feira (27), a obra Artesãs Indígenas, que, pela primeira vez na história do Festival de Parintins, traz as vozes de representantes, artesãs e de uma anciã do povo Sateré-Mawé. A figura típica regional exalta os saberes e fazeres de mulheres indígenas de diferentes povos, como Sateré-Mawé, Baniwa, Hixkaryana e Yanomami.
A toada é assinada pelos compositores Geandro Matos, Ulisses Rodrigues, José Carlos e Wanderson Rodrigues. Na quarta-feira (26), o álbum de 2025 ultrapassou a marca de 100 mil visualizações no YouTube.
Izabel Munduruku, membro da Comissão de Artes do Boi Garantido, destacou o momento histórico em que mulheres indígenas não apenas participam da gravação, mas também integram o processo criativo do álbum.
Marcam presença na toada Yará Sateré-Mawé, Moy Sateré-Mawé, Inara Sateré-Mawé e Turí Sateré-Mawé.
“O álbum de 2025 é muito especial, elaborado e pensado com muito cuidado para o Boi do Povo e para toda a galera vermelha e branca. Estamos trazendo para a toada o presente e o futuro ancestral, com as vozes de Yará Sateré-Mawé e Moy Sateré-Mawé, mulheres da região de Parintins, torcedoras do Boi Garantido, que carregam a força ancestral do artesanato”, afirmou.
Presente e futuro ancestral
De acordo com Moy Sateré-Mawé, liderança no movimento de mulheres indígenas, anciã e artesã, a participação na toada representa o reconhecimento da ancestralidade e do artesanato como partes essenciais da cultura indígena. Ela também agradeceu ao Boi Garantido pelo convite e pela oportunidade.
“O artesanato vem de tempos históricos e é passado de geração em geração. Esse espaço também fortalece nosso trabalho. Durante o Festival de Parintins, conseguimos vender mais e garantir o sustento de nossas famílias. Para nós, mulheres, essa é uma fonte de renda fundamental, que nos ajuda a cuidar de nossas crianças e a manter viva a nossa cultura”, disse.
Moy ressaltou ainda que o reconhecimento e a homenagem às artesãs indígenas são formas importantes de reafirmar as lutas dos povos originários.
“Isso nos permite dizer que estamos aqui, somos artesãs e queremos que a natureza vença, que a respeitem. Tudo o que tecemos, criamos e fabricamos vem diretamente da natureza, que nos proporciona os materiais para nossa arte e nossa cultura”, afirmou.
Yará Sateré-Mawé, de 9 anos, expressou sua alegria por ter sua voz registrada em uma toada do Boi Garantido e declarou seu amor pelo Boi do Povão.
“Como torcedora, é uma sensação única. Não há preço que pague meu amor pelo Garantido, eu o amo de paixão”, ressaltou.
O Boi Garantido segue destacando as lutas e a resistência dos povos indígenas em suas toadas de 2025, que continuam a movimentar as redes sociais e a reforçar a identidade do Festival de Parintins.
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