Na comunidade quilombola Moju-Miri, no município de Moju, no estado do Pará, situada a 125 quilômetros da capital Belém, o cacau é mais que tradição, é herança, sustento e esperança de futuro. Entre os dias 14 de abril e 16 de maio de 2025, a comunidade passa a receber as atividades do Laboratório Criativo da Amazônia (LCA), uma iniciativa do Instituto Amazônia 4.0 em parceria com a Associação de Moradores Quilombolas de Moju-Miri (AQMOMI), voltada ao fortalecimento das cadeias produtivas de base comunitária por meio da bioeconomia e da inovação tecnológica.
A instalação da estrutura – uma fábrica móvel de chocolate completa, composta por domos geodésicos adaptados para ambiente amazônico – foi realizada com base em escuta ativa e diálogo com as lideranças locais. O local escolhido pela própria comunidade foi definido a partir de critérios de acessibilidade, segurança e viabilidade técnica. A comunidade de Moju-Miri já recebeu diversas visitas técnicas do diretor executivo do Instituto, Ismael Nobre, e sua equipe, como parte do processo de alinhamento para a implementação do LCA. As visitas iniciaram em 2021 e incluíram uma missão de intercâmbio técnico realizada em outubro do mesmo ano, em São José dos Campos (SP), reunindo lideranças de comunidades tradicionais da Amazônia para conhecerem de perto o modelo do LCA, seus equipamentos e tecnologias, e ajudando a pensar soluções para alavancar a bioeconomia local, em um processo de cocriação.
Suely Cardoso Nascimento — presidente da AQMOMI e graduanda em Tecnologia em Agroecologia pela UFPA e seu irmão João Neves, produtor de cacau, são os principais articuladores da comunidade para o Projeto. Eles têm acompanhado todo o processo de planejamento junto ao Instituto, facilitando o engajamento da comunidade, colaborando no mapeamento produtivo dos insumos da floresta e, por agora, recebendo e ajudando a equipe do Amazônia 4.0 a fazer a instalação física do laboratório na comunidade.
Com foco na valorização da cadeia do cacau e cupuaçu, o LCA chega à comunidade Moju-Miri para agregar valor à produção local, promovendo a qualificação dos moradores da comunidade. A capacitação será em temas como coleta do cacau, fermentação, secagem, torra, moagem e produção de chocolate tree-to-bar (da árvore à barra). A programação inclui também aulas de gelateria tropical, gestão de negócios, acesso a mercados — com foco em marketplaces e comércio eletrônico — além de atividades voltadas ao uso prático de ferramentas de inteligência artificial.
O treinamento será conduzido pelo chocolatier César De Mendes, referência nacional na produção de chocolates a partir de amêndoas amazônicas. A formação conta ainda com a assistência de Luciene Gemaque, da iniciativa Guardiãs do Cacau, da vizinha Acará-Açu, comunidade ribeirinha também ligada ao Projeto.
O Laboratório Criativo da Amazônia na comunidade Moju-Miri integra a estratégia do Instituto Amazônia 4.0, uma Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos, de levar tecnologia e capacitação para dentro da floresta, valorizando os saberes tradicionais, promovendo a geração de renda e contribuindo para o desenvolvimento de uma bioeconomia inclusiva e sustentável.
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